sexta-feira, 22 de abril de 2011

O estranho em nosso lar - Meus pais eram instrutores complementares: mamãe me ensinava a fazer a diferença entre o bem e o mal, e papai me ensinava a obedecer.

"Mas o estranho… ele era um contador de estórias. Ele nos mantinha fascinados por horas sem fim com aventuras, mistérios e comédias"
John-Henry Westen
De vez em quando, vale a pena republicar aqueles e-mails anônimos que recebemos…
Quando eu estava crescendo, nunca questionei seu lugar na minha família. Em minha mente de menino, ele tinha um lugar especial. Meus pais eram instrutores complementares: mamãe me ensinava a fazer a diferença entre o bem e o mal, e papai me ensinava a obedecer. Mas o estranho… ele era um contador de estórias. Ele nos mantinha fascinados por horas sem fim com aventuras, mistérios e comédias.

Às vezes, mamãe se levantava silenciosamente enquanto o resto de nós ficava pedindo para falar baixo uns para os outros para que pudéssemos dar atenção ao que ele tinha a dizer, e ela iria para a cozinha para ter um lugar de paz e quietude. (Fico imaginando agora se ela ia ali às vezes para orar para que o estranho fosse embora.)

Papai governava nosso lar com certas convicções morais, mas o estranho nunca se sentia na obrigação de honrá-las. Palavrões, por exemplo, não eram permitidos em nosso lar — nem a partir de nós, nem de nossos amigos e nem de nenhum visitante. Mas nosso visitante de longa data escapava impune com palavras feias que me ardiam nos ouvidos e faziam meu pai se torcer e minha mãe corar de vergonha. Meu pai não me dava permissão de usar álcool, mas o estranho nos incentivava a prová-lo numa base regular. Ele fazia os cigarros parecerem bacanas, os charutos masculinos e os cachimbos distintos. Ele conversava com liberdade (excessiva liberdade!) sobre sexo. Seus comentários eram às vezes descarados, às vezes insinuantes e geralmente de dar vergonha.

Hoje sei que meus primeiros conceitos sobre relacionamentos foram fortemente influenciados pelo estranho. Frequentemente, ele se opunha aos valores dos meus pais, mas raramente era repreendido… E ninguém NUNCA lhe ordenou ir embora.

Mais de cinquenta anos se passaram desde que o estranho foi viver com nossa família. Ele se adaptou na mesma hora, mas não é praticamente tão fascinante quanto era antes. Contudo, se você pudesse entrar na casa dos meus pais hoje, você ainda o veria sentado no canto, esperando que alguém lhe dê atenção e assista-o mostrar seus quadros.

O nome dele?…

Nós o chamamos simplesmente de “TV”.

Ele tem uma esposa agora… Nós a chamamos “Computador”.

Seu filho é o “telefone celular”.



Traduzido por Julio Severo: http://www.juliosevero.com/

Fonte: http://noticiasprofamilia.blogspot.com/

Um comentário:

"LABAREDAS DE FOGO" disse...

Na minha tenra infância meus ídolos eram alguns pastores. Admirava muitos. Pr. Bonfim e seu acordeom ainda estão vivos em minha memória. Também não esqueço o dia em que numa viajem que meu pai nos levou a uma cidadezinha do interior onde ele, o Pr. Bonfim iria inaugurar uma congregação, e para chegar ao lugarejo, à pé, pois tínhamos deixado nosso carro na igreja sede no pé de uma grande serra, tínhamos que atravessar uma precária ponte de finos troncos sobre um. pequeno rio mas, que com as fortes chuvas, se transformara numa forte correnteza capaz de arrastar qualquer um. Mas o meu herói não falhou, empunhando sua acordeom, liderou a marcha entoando o corinho: “com Cristo no barco tudo vai muito bem”. Eu fiquei maravilhado com sua coragem e como ela contagiou a todos.

Já na pré adolescência, na Metodista de Petrópolis, Pr. Delmício, se não me engano no nome, prendia-me ao banco durante todo o culto. Coisa muito difícil! Mas foi, na época, anos 60, o Pr. Jessé Teixeira de Carvalho que mais marcou a minha infância e pré adolescência, foi ouvindo um sermão seu que, aos 11 anos, tive uma enorme vontade de atender o seu apelo no final da pregação. Não o fiz por ter sido desencorajado por minha mãe, que assistia o culto ao lado da esposa do Pr. Jessé, e pensava que se tratava de mais uma das minhas terríveis travessuras.

Aos 55 anos, completados no último dia 27, não tenho muitas referências em nossos dias de jovens ou medianos pastores como verdadeiros homens de Deus. Se alguem me fizesse aquela pergunta imaginária que se faz às pessoas que tem seus ídolos: Quem você gostaria de ser? Eu não teria dúvida alguma: Pastor David Wilkerson!