A mudança de regime na Síria poderia significar a extinção da linguagem de Jesus Cristo.

                         O presidente sírio, Bashar al-Assad, e sua esposa Asma (Foto: AFP / Getty)

Tunísia, Egito, Líbia, Bahrein, Iêmen... e agora a Síria. O regime Ba'ath poderia ser o pxóximo governo árabe em apuros, e eles não vão sair sem lutar. Forças de segurança do presidente Bashar al-Assad, mataram pelo menos seis manifestantes, talvez uns 15, no sul da cidade de Dara.

Não há muita dúvida sobre isso – a Síria é um regime muito repressivo, com um péssimo histórico de direitos humanos e uma longa história de patrocinar o terrorismo no exterior.

Damasco, fora da bonita cidade velha, parece uma ditadura autoritária, totalitária com todas as suas rotundas e estátuas de espadas. Foto de Assad adornam cada prédio público, lojas, restaurantes e ao longo das auto-estradas – tarifas normais das ditaduras socialistas- só que ele carrega uma semelhança impresionante com o ator Tim Mclnnerny, mais conhecido pelos fãs de Bblackadder como senhor Percy e capitão Darling. Isto dá ao culto da personalidade uma qualidade sureal, especialmente porque ele é compulsivo nos “esporte militar”.

Assad júnior assumiu em 2000 após a morte de seu pai, Hafez; que tomou o poder ao estado Ba'athist em 1970 num “estado de emergência” que durou muito mais tempo.

Mas qualquer que seja nossa simpatia pelos reformadores, será que devemos estar ansiosos por uma mudança de regime? Talvez devamos ser céticos. Porque se a família Assad se for, há uma chance de que a língua falada por Jesus Cristo, vá também!

A Síria é um pais muçulmano de maioria sunita, mas também de xiita e minorias cristãs significativas. Os Assads em si são alauítas, uma seita do Islã definidos por sunitas radicais como “um pouco cristãos”, pois comemoram a Páscoa e o Natal, e usam o pão e o vinho em seus serviços religiosos. Seja lá como são, os Assads conseguiram manter o pais, uma mintura de sunitas, xiitas, drusos, alauítas e cristãos livres de conflitos. Depois do que aconteceu no Iraque, especialmente a minoria pobre desse pais cristão, não poderemos correr o mesmo risco na Síria? Eu nem sei o que querem os israelense arco-inimigos de Assad.

A Síria tem uma impressionante herança cristã. Damasco tem um muito boníto sítio cristão em uma atmosfera descontraída, um pouco gaulesa, e tesouros, como a casa de Ananias e uma catedral ortodoxa na rua Direita onde São Paulo teve sua conversão.

A cerca de 40 Km ao norte e a 5000 metros de altitude há uma cidade chamada Maaloula, aninhada em um trecho estreito da estrada na encosta somente acessível apenas por outra estradinha que leva a única porta da cidade, onde o aramaico ainda é falado como língua principal.

O Lonely Planet em seu comentário sobre a cidade de língua latina, nas colinas da Úmbria diz: “onde se pode visitar um convento ortodoxo com um quarto de século, o de São Sérgio e São Baco e ouvir a oração do Pai Nosso em aramaico (quando eu fui, estava cheio de mulheres iranianas no chadors xiitas. Os mulçumanos xiitas o reverenciam como um santuário). É uma cena incrível.

Aliás, eu devo a minha existência para a Síria; meu avô era um seminarista em Beirute nos últimos dias do Império Otomano, até que uma visita a Damasco, onde, estar em torno de tantas mulheres bonitas fez perceber que ele não poderia ser padre. A antiga Damasco não mudou muito, desde então - e as mulheres ainda são belas – seria uma tragédia se viéssem a serem presas atrás de um véu e sofrer o mesmo calvário de suas irmãs do Iraque.

Também seria uma tragédia se os cristãos da Síria sofressem o mesmo calvário, uma provocação que certamente significaria o fim do aramaico como língua, ainda, falada.

Fonte: Dial-the-Truth Ministries