De tanto admirar o Lula... |
"O que gostaria de dizer é que há muito pouco do Caio nesta entrevista.
Durante estes anos todos, ele realmente já disse muitas coisas no blog
dele que foram escandalosas como, por exemplo, ter concordado com a
decisão de um aborto de uma pessoa que lhe escrevia pedindo conselhos
(há pelo menos mais um outro caso em que ele se manifestou favorável ao
aborto). Bem, então, como disse, há muito pouco do Caio na entrevista. O
Caio é muito maior do que o que se escreveu aí, seja para o bem ou seja
para o mau". (Parte do comentário do Casal 20 no blog Mulheres Sábias)
Penso da mesma forma que o autor desse comentário (diga-se
de passagem, de uma lucidez impressionante, com poucas palavras, disse muito mais que toda a entrevista);
imaginando pra que, na altura do campeonato, trazer essas perguntas
tendenciosas. Muitas perguntas, muitas mesmo, de maior pertinência, poderiam ter
sido feitas; e porque não as fizeram? Qual a verdadeira razão dessa entrevista? Por enquanto, não possuo essa resposta; em breve talvez.
Mas, muito melhor que essa entrevista, é o próprio inconsciente falando. Não está
entendendo? Então...
"O inconsciente, diz Freud, não é o
subconsciente. Este é aquele grau da consciência como consciência passiva e consciência
vivida não-reflexiva, podendo tomar-se plenamente consciente. O inconsciente, ao
contrário, jamais será consciente diretamente, podendo ser captado apenas indiretamente
e por meio de técnicas especiais de interpretação desenvolvidas pela psicanálise."
"A boca fala do que o coração está cheio"
AOS CRENTES NA DÚVIDA SOBRE JESUS...
Fico vendo o comportamento dos cristãos considerados cult, psicologicamente sensíveis...
Quem e como são?...
São
necessariamente conflitados, recomendavelmente duvidosos, crentes em
estado de permanente descrença; sem discernimento, mas muito críticos;
evasivos quanto à eficácia do testemunho da Palavra pura e simples,
embora cheio de opiniões negativas em relação a quem pregue sem
angustia, conflito ou crise de fé; conhecedores teóricos das discussões
da fé e dos dilemas teológicos, ainda que vivendo sem nenhum interesse
prático/real no Evangelho que seja para além da informação e da
discussão viciada...
Em geral são sempre descrentes de milagres [até
nos da Bíblia], embora muito capazes de usá-los como alegorias ou lindas
metáforas da vida...
Ou seja: quase sempre existindo como aquele que
nem trepa e nem sai de cima; que nem chove e nem molha; que não é, mas
não deixa de ser...
Ora, o que vejo é que estes, diferentemente dos
falsos profetas e dos lobos, fazem seu próprio mal; posto que sejam
mornos, sem intrepidez, sem disposição para além do discurso...
Portanto,
sendo educados, parecem ganhar pela polidez de suas dúvidas o direito
de existir em crise; sendo cavalheiros e finos, parecem poder caminhar
em descrença aceitável; estando sempre em dúvida acerca de algo [...]
mesmo assim continuam a discutir sobre o “tema Jesus”...
E, com
isso..., se fazem passar por gente que duvida em razão de serem íntegros
em relação à própria fé... Posto que sendo articulados, tornam seus
conflitos elogiáveis, pois são ditos com benditas palavras psicológicas e
filosóficas; e, sendo humanos no expressar seu sentir, ganham o direito
de existir em dor, pois, sem dor de crise parece não existir real
humanidade; tendo cultura, aparentemente dão aos demais crentes, menos
instruídos, a sensação de que eles, os cult, os cultos, os sensíveis,
são assim em razão de seu saber, da profundidade do seu sentir, e das
angustias decorrentes de sua humanidade superior a dos demais...
Assim,
estão e nunca são; dizem, mas jamais provam; pregam, e nunca
aproveitam; sabem e não experimentam; poetizam, mas não amam para além
das belas palavras; discutem a fé, e nunca a abraçam; falam de Deus,
embora sempre em estado de dúvida devota...
Quando pastoreiam é antes de tudo em razão de suas próprias angustias...
Sendo
assim [...] desconfiam de quem sendo humano não vive em angustia; de
quem sendo pensante [...] não exista em dúvida; de quem crendo [...]
busque viver conforme a fé; de quem confessando [...] não tema as
implicações; de quem conhecendo a Deus [...] não se iniba quanto a
afirmar...
Fico imaginando o que aconteceria, se tais deles, vivendo
como discípulos de Jesus nos evangelhos, trouxessem tais devoções
eternamente duvidosas a Jesus...
O que Jesus diria?...
Sim, se Ele
disse que aquele que põe a mão no arado e olha para trás não é digno do
reino de Deus [...] o que Ele diria a esses discípulos da dúvida?...
Ora, Ele não teve pudores jamais...
Aos
Seus discípulos duvidosos Ele jamais disse que duvidar fosse parte de
um processo normal de crenças [...], muito menos da fé...
Em Jesus não há elogios a duvida, mas tão somente à fé!
Não! Ele lhes pergunta: “Homens de pouca fé, por que duvidastes?”
Ante
suas “impossibilidades” decorrentes da descrença..., Ele apenas disse:
“Não pudestes expulsar o demônio por causa da pequenez da vossa fé!” E
acrescentou: “Mas esta casta não sai senão por meio de jejum e oração”.
Sim,
essa casta de crença sem fé, de fé que é apenas crença, e que se
distrai discutindo a fé — de fato não sai senão mediante a sua quebra
pela oração e pelo jejum.
Esta é a casta presente na maior parte dos pensadores da fé, mas que nunca se deixam pensar pela fé.
Sim, pois quem pensa a fé não é pensado pela fé...
Afinal,
tal coisa somente acontece mediante a entrega em razão da confiança que
faz a descrença morrer..., e que, ao mesmo tempo, introduz a pessoa no
ambiente no qual “Deus não existe”, posto que em tal ambiente de fé não
haja lugar para o Deus que existe, mas apenas para o Deus que É.
A descrença é relativa ao Deus que existe...
A fé decorre do Deus que É!
Portanto,
brincar de crer sem crer é coisa de menino, e não de homem segundo o
que Jesus considere um homem que anda mediante a fé, na alegria de não
duvidar.
Leia os evangelhos e veja se Jesus acha legal viver sem as implicações de fazer da existência uma constante afirmação de fé...
Nos
evangelhos você não encontrará este lugar..., embora encontre Jesus
mostrando compaixão e amor também por esses, mas sem deixar de
prosseguir em Seu caminho, vindo o candidato a discípulo após Ele ou
não...
Nele, que não elogia a duvida como estado sadio de uma fé em crise permanente,
Caio
25 de setembro de 2009
Lago Norte
Brasília
DF
www.caiofabio.com
Nenhum comentário:
Postar um comentário